quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Refletindo sobre o texto:" Registro do planejamento na Educação Infantil."

O texto traz alguns pontos relevantes sobre o planejamento escolar. Trata-se de uma pesquisa feita com vinte professoras. As respostas das perguntas feitas pelos pesquisadores ás professoras foram comparadas aos planejamentos delas.
Concluiu-se que menos da metade realmente tratava-se de um planejamento, demonstrou a incoerencia entre o que elas diziam e faziam, além de nem todas acharem o planejamento importante. A incoerencia entre falar que fazem um planjamento e não fazerem, pode dever-se ao fato da falta de clareza delas em saber o que é planejar. Ao menos foi isso que pareceu pelas intrevistas.
Uma outra questão importante, quando texto relata sobre a intencionalidade da ação educativa. Toda ação deve ser guiada por intencionalidade, o professor deve saber "o que quer" com a criança, como o próprio texto esclarece.
Desta forma, devendo ser o planejamento a própria ação educativa, o educando deve ter em mente todo o tempo essa intencionalidade e que esta deve servir a algo maior, em prol de atitudes que melhorem a vida da criança na escola e fora dela, diminua as diferenças, democratize a educação,entre outros inúmeros fatores que tem por objetivo final uma sociedade melhor.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Reflexão sobre o texte "O planejamento do trabalho pedagógico: Algumas indagações e tentativas de respostas."

A maior parte dos professores tem perdido a noção do que é planejamento, têm ficado presos à um cumprimento burocrático, modificando uma coisa ou outra, sem preocupação com a ação mais ampla que o planejamento deve ser.
O planejamento fica assim à margem do cotidiano da escola, enquanto este deveria ser o "norteador" das aulas e a principal ferramenta para a conquista da democratização do ensino.
O planejamento, como o texto diz deve ser considerado um processo de reflexão. Dessa reflexão deve nascer as modificações para a melhoria do cotidiano escolar.
Embora o plano de ensino deve ser entendido como instrumento orientador do docente, este deve ir sempre para além dele no seu dia a dia, isto por que nenhum documento é capaz de prever as modificações no meio do caminho.
Outro fator que devemos ressaltar é que além de termos um bom planejamento e plano de ensino, devemos ter um professor melhor ainda, que mantenha uma ação crítica, fator este capaz de gerar modificação na realidade.
O texto em uma das passagens que merece destaque, traz a seguinte idéia: Um bom plano de ensino não modifica a realidade. Um bom profissional supera as limitações do plano de ensino. Ou seja, pode haver um plano de aula, se não houver um profissional competente de nada vai adiantar, enquanto que se o plano de aula no decorrer do trabalho pedagógico precisar de modificações e houver um profissional da educação, este irá superar as imperfeições e fazer bons ajustes para se chegar ao objetivo traçado.
O texto faz critica a falta de planejamento recorrente nas escolas hoje em dia. Muitos professores têm agido na base do improviso, o que dificultará a aprendizagem do aluno, entre outros muitos fatores.
O texto traz um contexto histórico muito interessante sobre uma das origens da educação tecnicista no estado(SP). Relata que em 70 a secretaria de educação de São Paulo iniciou um processo de treinamento dos professores, mas naquele momento o golpe militar de 64 implantava a repressão, o que obviamente impediu a uma tendência mais crítica e reflexiva.
Nesse contexto, o que não afrontava e até "combinava" com o ambiente da época era um modelo de educação mais técnico, preocupado com a organização dentro da escola, mas por não olhá-la fora dos seus muros, não há conhecia na verdade.
Foi aí um começo forte do mal costume da prática acrítica dos docentes, da falta de reflexão e da visão do processo educacional como conjunto de "teorias sistêmicas", cumprimentos burocráticos e curriculares frios e sem vida.
É preciso que haja uma reversão deste quadro e para isso são necessárias melhorias e o texto enumera três importantes modificações que deveriam ser feitas em nosso sistema de ensino.
A primeira: Separação de um tempo para reunião dos professores dentro o ambiente escolar, destinado somente ao planejamento.
A segunda: Uma mudança eficaz na formação dos professores. Concluo com isso que as instituições devem ser revistas, devem ser cobradas a fazer um trabalho sério com a educação, seja ela particular ou pública. Parar de tratar a educação como carreira de pouca visibilidade e pouco importante, pois é assim que se perpetua essa formação frouxa e sem compromisso desses profissionais. É claro que existem outros fatores, como a desvalorização do profissional no mercado de trabalho, mas uma boa formação acaba com muitos problemas que envolve os professores.
A terceira: Formação dos professores já em curso. Ponto muito importante, já que a educação também vivencia constante modificações e necessita de aperfeiçoamento com o decorrer do tempo. Além dos profissionais pouco ou mal formados que já estão no trabalho e que precisam se aperfeiçoarem.
Até por que a maioria das áreas possuem cursos constantes hoje em dia para atualização, aperfeiçoamento e extensão dos conhecimentos. Por que com a educação vem sendo diferente?Se é ela que nos forma muito além das unidades de um livro?Nos forma para o mundo, reforça o que somos e nos transforma.
É claro que área que mais necessita de atenção é a que mais têm ficado de lado nesses anos.Sabemos como melhorar, é preciso tornar conhecimento em ação.

domingo, 13 de dezembro de 2009

Comentando o texto: O planejamento pedagógico na educação infantil.

O texto faz uma analise sobre planejamento pedagógico de acordo com a pesquisa feita na educação infantil em diferente lugares. Chegou-se a uma primeira conclusão, que o planejamento existe em todas as instituições mais são diferentes entre si.
O planejamento será influenciado de acordo com a pedagogia que o rege. Esta pode ser liberal ou progressista. Dentro de cada um desses dois tipos existe ainda ramificações, diferenciando-se em tendências.
As tendências liberais visavam preparar o individuo para a sociedade, colocando o professor como o único responsável pelo planejamento, sem levar em consideração os interesses das crianças. Essas tendências preocupavam-se com a construção da moralidade, cuidado com a higiene, formação de atitudes, aquisição de habilidades técnicas especificas, etc.
A tendência progressista contemplava a globalização, o interesse e a participação dos alunos. Os conteúdos escolares estavam organizados em um centro de interesse, diferente da tendência liberal que treinava habilidades através das unidades didáticas.
As pedagogias progressistas visavam transformar a sociedade através de uma visão que analisasse a realidade criticamente.
Na pesquisa realizada em diferentes instituições no ano de 2002 em Porto Alegre, foi observado o abismo existente na constituição do planejamento pedagógico.
No ensino privado, são utilizados princípios dos que mantém a instituição e na escola pública não é encontrada uma filosofia que a norteie. Os educadores utilizam-se de várias concepções pedagógicas ao mesmo tempo.
Nas práticas pedagógicas analisadas encontram-se profissionais que resgatam uma pedagogia libertadora, segundo a pedagogia de Paulo Freire.
Entre os participantes pesquisados, um processo construído em parceria com os alunos é quase inexpressivo.
Analisando os tipos de tendências pedagógicas utilizadas nas escolas de educação infantil a variedade e a mistura de tendências são tantas que o autor do texto denominou como sendo uma "colcha de retalhos pedagógica".
A pesquisa mostrou que entres os formados especialistas em educação infantil e os que eram habilitados (mais não especificamente para a educação infantil) não influenciou na prática escolar. E chegou a conclusão de não bastar a formação acadêmica, é preciso que esses profissionais tenham uma preocupação diária com a sua prática, com as necessidades dos alunos, com o ambiente que os cercam, com a metodologia usada (e o que ela pretende). É necessário que eles saibam como aprender todo dia.
O texto termina esclarecendo que deve haver a compreensão do "aprender a fazer", participar de um meio envolvente, viver junto, participar e cooperar de todas as atividades humanas.
Também fazendo o aluno perceber a importância do seu aprender, compreender como tirar das informações do seu saber experiências inovadoras. Nesse processo, a criança é percebida como sujeito em plena construção pessoal e social, onde precisa ser respeitada cada época de sua vida, assim como deve ser.

Memorial, minha vida na escolar.

Turma de 1996 - Tia sônia




Turma de 1997 - Tia Dione




Turma de 1998 - Tia Rita



Turma de 1999 - 4ª série





A primeira imagem que vem a minha cabeça quando penso no início de tudo, é uma sala de aula pequena, onde havia objetos que normalmente há em todas as salas de educação infantil. Dessa fase não lembra quase nada, nem dos professores.Só lembro do nome da escola, chamava-se: "Patinho dourado". E tinha um patinho pintado na fachada.
Depois, fui para uma escola pública bem grande, com corredoras, rampas, muitas salas e muitos alunos. Acho que fiz somente um ano lá e não recordações de sentimentos muito bons sobre esse tempo. Me sentia distante das professoras e um pouco também dos demais alunos. Só lembro dessa sensação e de como eu observava tudo à minha volta, quase sempre distante, como se eu estivesse observando de longe, sem está fazendo parte.
Após esse ano, me mudei para onde moro até hoje e fui para uma escola particular bem grande. Eu lembro de como eu me senti bem, vendo as árvores que tinha(ainda tem) lá, como sentia a brisa que deixava tudo tão tranqüilo em volta. As paredes eram(ainda são) claras, brancas e verde.
A minha primeira professora também foi um presente, me senti acolhida com toda aquela simpatia e o sorriso dela, o nome dela era Sônia e nunca vou esquecê-la.
Quando iniciei o que era a primeira série, o ano já tinha começado. Esse tipo de atraso foi muito frequente na minha vida escolar, por nenhum motivo específico, mas ela me deixou bem à vontade.
Com relação ao relacionamento com os demais alunos, não era muito comunicativa, na maior parte dos anos, eu fui aquela de somente uma grande amiga, talvez poucos colegas e só.
A minha melhor amiga na 1ª série chamava-se Amanda Eustáquio e eu tenho maior curiosidade de saber como ela está hoje. Eu lembro que ela também não era muito comunicativa, mas era inteligente e tinha uma "letrinha" linda.
Minha letra sempre foi horrorosa, embora eu tivesse uma professora de português que não achava(ela me adorava). Nunca fiz questão de mudar isso, nunca me preocupei realmente em tornar minha letra mais "bonitinha".
Também lembro de umas meninas super "metidinhas", que esnobavam algumas das outras meninas. Uma vez essa minha melhor amiga estava com um problema de pele e elas danaram a falar dela e se afastaram. Eu de qualquer forma estava com ela. Dizem que as crianças são cruéis,mas não são todas. Eu não considero que eu menina cruel.
Na segunda série era da "Tia Dione", ela era rígida e permaneceu assim pelos anos. Os alunos estavam sempre "enfileiradinhos", a saída para o recreio não era cheia de entusiasmo como a de outras turmas, era bem organizada.
Na 3ª série era "Tia Rita", que não tinha muito controle da situação, acho que ela ficou doente e se afastou. Na 4ª série, a turma ficou pior do que já era, trocamos mais de duas vezes de professoras.
Até a 8ª série eu bem quieta e pouco comunicativa, não tinha muitas colegas, mas estava satisfeita nesta fase. Na sexta série fui considerada a melhor aluna do colégio(entre todas as turmas de sexta série).
No segundo grau eu conheci meus melhores amigos até hoje, no segundo grau a menina que ficava no canto atenta às aulas, passou a ignorar quase sempre a presença do professor, misturada com a minha turma num animação só!
Chega a ser bem estranho falar isso agora que estou quase me formando em pedagogia, mas foi a verdade.
Eu não repeti nem um ano, deve ter sido sorte!Me divertir muito, mas devo confessar que muito pouco sei sobre várias e várias matérias, infelizmente.
Com toda certeza esse "rombo" no meu aprendizado seria quase nenhum se tivesse me dedicado, conseguido conciliar o que me dava prazer(meus amigos) com todas aquelas disciplinas(chegava perto de 20), fiz 2º grau técnico em informática.Mas não me chamem para fazer nenhum programa, por que eu entendo tanto disso quanto de química! NADA!
Bem, estou aqui agora com um universo de coisas na cabeça, ainda tentando me encontrar, como nos tempos de escola.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Síntese Conclusiva

No início do curso muitos de nós alunos ficamos um pouco “travados” com essa nova proposta do portfólio eletrônico, não apenas por ser novo e tudo que desconhecemos costuma nos deixar apreensivos. Mas também por que muitos não sabiam como lidar com essa ferramenta ou com essa forma de avaliação.
Neste momento, falando por mim, compreendi a intenção deste projeto à medida que nos queria fazer responsáveis dentro de uma liberdade maior , dentro da idéia de avaliação formativa. Essa forma de avaliação compreende inúmeros benefícios, como tornar alunos e professores mais próximos, através de suas exposições e trocas de informações que só tem como nos fazer evoluir.
Nossas trocas de leituras de criações pessoais também trás outro benefício. Faz com que a tecnologia também passe a nos aproximar ao invés de só nos afastar. Num universo em que a escrita e a comunicação ficou mais fácil, ainda sim nos vemos pouco como realmente somos e o que realmente sentimos. Mas estamos nós alunos aqui, reunidos a cumprir os objetivos de uma disciplina, mas ao mesmo tempo, ao menos digo por mim, mais características de cada um, poder perceber, me identificar ou não, admirar ou não, mas o mais importante, nos vermos mais . Esse projeto também viabiliza nosso auto conhecimento, nossa percepção de nossos erros o concerto dos mesmos.
Aprendemos mais sobre o universo infantil na fase anterior a alfabetização, um mundo de hipóteses feito pelas crianças que deve ser reconhecido e valorizado pelo professor, onde todo rabisco tem uma lógica subjetiva muito importante e deve ser tratada como tal. Devemos aprender a lidar com essa fase, por que não podemos fazer com os desejos de uma criança sejam frustrados. Isto por que, elas têm grande curiosidade sobre o universo da linguagem escrita e são quase sempre as atividades utilizadas em sala de aula que as impendem de tentar entender.
Por fim, quero dizer que o curso foi muito proveitoso nesses fatores que me ocorreu citar, entre outros. E que na prática, aprendi a gostar e a querer que atividades como essas façam parte do cotidiano dos professores. Devemos fazer com que os alunos se sintam parte fundamental do contexto do ensino e aprendizado, sintam-se como nós mais livres e mais responsáveis ao mesmo tempo, com nossas próprias idéias e evolução.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Comentando o capítulo: “A construção do conhecimento sobre a escrita” Autoras: Ana Teberosky e Teresa Colomer

O texto trata o assunto do aprendizado da leitura e da escrita da perspectiva da visão da criança que está aprendendo. Através de pergunta, resolução de problemas o texto discorre na forma como as crianças irão assimilar as informações e construir o conhecimento na área da linguagem escrita. É falado também de como a criança desenvolve uma organização sobre o material gráfico, sobre os nomes e até mesmo a parte escrita.
Interessante como os professores verificam algumas formas gerais comuns de construções iniciais da escrita pelas crianças. Por exemplo, na construção do nome próprio, muitas crianças começam escrevendo da direita para esquerda e fazendo uma leitura de segmentação silábica. O que já irá causar um conflito para criança, já que ela vai perceber que está escrevendo diferente da segmentação da leitura que fará.
Esse conflito é nitidamente percebido quando é pedido pelo professor para fazer uma leitura com o dedo. A partir daí, a própria criança tenta arranjar alternativas para preencher as lacunas desse conflito, seja prolongando a emissão oral quando faz a leitura, diminuindo a quantidade de letras, etc.
É apresentado no texto hipóteses infantis usadas pelas crianças, onde o autor traduz em linguagem adulta, onde o autor coloca alguns problemas cognitivos das crianças.
As crianças reconhecem a escrita como as que “são para ler” e elaboram formas próprias na distribuição de letras, combinações, para “ensaiar” uma escrita.
É muito interessante observar as hipóteses das crianças sobre a escrita, pois não são transmitidas pelos professores muitas vezes e nem podem ser observadas no material gráfico.
Quando a criança percebe que há algo escrito, a próxima pergunta a ser feita é: “aqui diz alguma coisa?”. O que irá contribuir para que ela perceba que a escrita não é somente um conjunto de símbolos e sim possui um significado lingüístico.
No início as crianças acreditam que a escrita quer dizer nomes de objetos e de pessoas, ou seja, para elas o que está escrito serve para dizer o nome das coisas. E a partir das hipóteses que fazem sobre os nomes das coisas, elas começam a distinguir entre nomes de substantivos comuns e nomes próprios. Claro que tudo isso é analisado através de questões colocadas pelos professores, não verificadas por elas com intencionalidade de dizer a diferença.
Interessante também como nos identificamos e lembramos que essas construções fizeram parte de nossas próprias vidas, pelo que consegue-se lembrar é possível ainda nos identificar em determinadas situações. Por exemplo, as crianças não percebem a importância dos espaços em branco na escrita. Podemos lembrar ou verificar através de outras crianças, a forma contínuas das sua tentativas de se expressar na escrita, onde muitas vezes um conjuntos de letras, pode ser uma palavra ou frase.
Mais tarde as crianças além de perceber que estão escritos nomes, percebem que estão escritos também palavras correspondentes as ações e depois virão os artigos, preposições,etc.
O autor comenta que as crianças percebem primeiro as vocais, isso por que são elas as mais percebidas oralmente isoladamente, ou seja, tem som, mesmo isoladas. E repetindo para si mesmas as palavras descobrem as sílabas.
Muitos autores dizem que as crianças distinguem desde muito cedo a linguagem escrita e a oral, esta última utilizam-na para seus textos.Elas também tem uma certa tendência de organização gráfica do texto.
Fundamentalmente as palavras são para elas o que fica isoladamente entre os espaços em branco,como dito antes, estes não tem importância para elas.
Falando agora um pouco sobre concepção de escrita, tradicionalmente a definidos como um código gráfico de transcrição dos sons da fala. Mas o processo da escrita não é apenas um trabalho de decodificação. Mas muitos têm já reagido a essa concepção e dito que esse sistema de representação (a escrita), é uma longa construção histórico social.
A orientação mais comum que se tem é que a criança deve aprender primeiramente a parte de decodificar até saber lidar com o código, como saber “para que serve”, em fim fazer parte com sua compreensão. Em outras palavras, separando o processo entre “aprender a lê” e “entender o que se lê”.
Importante destacar que a leitura e a escrita não são aprendizados exclusivos da escola. Os meninos e meninas não são passivos, não só copiam, não só esperam à hora de ir ao colégio.
O nível de contato da escrita anterior à escola, irá depender do ambiente em que a criança está inserida. Quanto maior o contato precoce com a escrita e quanto maior a percepção por parte dos pais da intencionalidade comunicativa da criança, mais rápido é seu desenvolvimento na escrita.
As situações da escrita acontecem na vida real, até por ser ela um objeto cultural e suas funções também devem fazer parte da aprendizagem no ensino de leitura e escrita.
Por isso, os materiais e atividades devem ser compatíveis com as experiências e hipóteses das crianças. Por exemplo, um ditado de palavras com o mero objetivo de analisar letras isoladas, vão atrapalhar a evolução de uma criança que está tentando entender como é e para que serve a escrita, por exemplo.
Percebemos então que todo este capítulo tenta compreender o processo evolutivo de aprendizagem da criança na área da escrita e de leitura, a fim de melhor perceber esse processo e fazer com que as práticas educacionais sejam compatíveis com suas experiências.

domingo, 26 de julho de 2009

Comentando texto 5: "Os problemas cognitivos envolvidos na construção da representação escrita da linguagem" de Emilia Ferreiro.

A autora coloca que a teoria de Piaget não deve ser mencionada apenas como uma descrição de níveis em sequência, a pergunta que guiou os estudos de Piaget na área da construção do conhecimento e que também deve nortear os nossos estudos é: "Como se passa de um estado de menor conhecimento para um estado de maior conhecimento?"
Acredito que seja essa mesmo a pergunta que devemos ter em mente todo o tempo em sala de aula, não com a intenção de respondê-la objetivamente, mas sim dar a devida importância ao processo de absorção do conhecimento novo, a fim de facilitar a passagem do conhecimento menor para o maior.
No texto, o autor emprega esta idéia ao processo de iniciação à alfabetização, na fase que a precede até a sua realização. Tudo com objetivo de conhecer melhor os processos anteriores, por fim auxiliar melhor o começo da captação dos alunos do mundo escrito. Dessa forma, o professor estará mais atento as questões de cada aluno, não ignorando-as e notando seu valor e lógica própria.
O texto irá descrever bem detalhadamente fases que antecedem a alfabetização efetiva, as conclusões, os caminhos que as crianças criam e utilizam para tentar chegar a esse universo novo da escrita. Para isso criam códigos, entendimentos, regras muito pessoais para chegar até o que foi solicitado pelo professor.

domingo, 28 de junho de 2009

Meus comentários sobre o texto : "Práticas de linguagem oral e alfabetização inicial na escola: perspectiva sociolinguística"(Erik Jacobson)

Interessante quando o autor coloca que o menino e a menina ao utilizar a escrita estarão contribuindo para definir seu próprio lugar no mundo(1ºparágrafo.linhas 12,13 e 14). Sendo assim essa fase deve ser tratada com tal importância pelo docente, afinal ali o aluno não estará conquistanto apenas sua alfatização inicial, mas é ali que ele irá firmar o reconhecimento próprio e de mundo, assim como aprender que pode se expressar.
Para respeitar a importância e cumprir bem o papel que tem a escola nessa fase, primeiramente é preciso "reconceitualizar o amplo leque de habilidades que os meninos e meninas começam a dominar antes de entrarem na escola formal."(1ºparágrafo;l.2,3,4).
Ou seja, o professor de forma alguma deve assumir uma postura de só o que é ensinado por ele é o que deve ter importância, percebido e considerado.Há outros fatores, tanto os já compreendidos pelo menino e menina antes de entrarem na escola, assim como aqueles vistos no seu dia-a-dia que deverão ao menos serem reconhecidos. Por que caso contrário ocorra, é aí que começa um dos grandes problemas da alfabetização.
Como o menino ou menina irá "definir seu próprio lugar no mundo" se não conguirá "se enxergar" dentro de sala de aula?!
Logo depois, o autor fala que a alfabetização e a identidade social surgem ao mesmo tempo, o que gera um 2º problema, na verdade faz parte de apenas um, a falta de compreensão por parte do corpo docente de que não se pode apenas introduzir a cultura(respeitada pela maioria) ou os saberes formais, por que o aluno antes precisa se reconhecer para evitar tantos conflitos de identidade.
Os professores, professoras e investigadores precisam articular as questões do respeito cultural, social e aprendizagem formal , além disso, em meio a esse trabalho já complexo, ainda é necessário verificar que devido a essas questões os alunos poderão ter tido contato bem diversificados com a escrita. E ainda poderão ter tido ou não costume de tê-las em seu dia-a-dia. É preciso gerar então uma necessidade de nivelamento, com o objetivo de fazer com que os alunos passem a ter a partir do ambiente escolar iguadade de aprendizagem , não reafirmando as diferenças "e não apenas centrar-se nas habilidades de codificar e decodificar."
A partir dessas diferenças, há necessidade de cuidar para que elas não caiam como deficiências de alunos problemáticos, já que o que acontece na maior parte dos casos "é que a escola que frenquentam não faz nada para ajudá-los a desempenhar seu pleno potencial."-Disse com perfeição o autor.
No tópico "a opção linguística para a leitura e a escrita" transcorre da necessidade de parte das populações de alguns países sentem na escolha da linguagem a ser aprendida por seus filhos. Essa escolha defini-se pelos objetivos ambição de progredir socialmente, por motivos religisos e para manter sua identidade cultural.
Mas para muitos manter a "identidade cultural" significa manter um "lugar social" menos valorizado.
Exemplo do texto:"Na república de cabo verde, as políticas educacionais coloniais criaram um sistema escolar que dividiu a população em uma elite falante de português e uma massa falante de crioulo cabo-verdiano, que tinha acesso limitado à educação e ao mundo letrado."
Mais adiante o autor resume bem essa necessidade de escolher a língua do colonizador, a língua considerada mais importante:"Eles deverão dominar a língua dos dominante."
Depois o autor fala de uma situação no mínimo intrigante e que deve acarretar alguma "confusão de identidade" ou coisa parecida na cabeça das crianças.
Quando filhos de imigrantes desses países chegam nos EUA candidatos a programas bilíngues, é pedido a eles que identifiquem a língua de sua casa. E o que muito acontece é os pais se identificarem como falantes de francês,sendo na verdade falantes do crioulo haitiano, por exemplo, e tendo pouco ou nenhum conhecimento da lingua.
Fazem isso com a intenção de que seus filhos tenham oportunidades na lingua dos dominantes, mas tudo isso cria sérios problemas no programa.
Bem, todo o texto transcorre em diferentes pontos a problemática da diferença social, cultural, enfim tudo que irá tornar a prática da linguagem e alfabetização, um trabalho de percepção das diferenças, não ignorá-las e fazer com que se nivele as oportunidades. Pois professores devem ter como objetivo a "igualdade de oportunidades".
Para fechar, cito o início do parágrafo do tópico " o ensino da leitura e da escrita deveria partir do uso da linguagem"(l.3,4 e 5).
"Em vez de se centrar unicamente naquilo que lhes "falta", deveríamos pensar em quais seus pontos fortes, inclusive quando esses pontos não são os que têm sido valorizados tradicionalmente no ambiente escolar."

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Vídeo!

O vídeo baseou-se nos textos 3 e 4 da disciplina, que tratam basicamente do processo de iniciação no mundo letrado(a alfabetização infantil). Foram feitas perguntas pertinentes sobre essa fase.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

*Atividades escolares para alfabetização*

ATIVIDADE 1

Aula de vídeo

Primeiro o professor perguntaria a turma sobre suas preferências na programação da tv, principalmente filmes. Identificando assim o que a maioria citou.
O professor então traria o programa ou filme escolhido e pediria muita atenção dos alunos, pois perguntas serão feitas após o filme.
Ao término do filme algumas perguntas devem ser feitas, como por exemplo: Quais eram os personagens principais? Onde eles moram? Que roupa costumavam usar? Quais caractarísticas mais fortes de cada um(se é muito falante, alegre, mau humorado, etc.)? Sobre o que falava o filme?
Essa perguntas, no caso podem ser feitas oralmente. Serão verificadas através das respostas dos alunos:

  • A questão da memorização. Observada através da quantidade de informações e detalhes das imagens capturadas pelos alunos;
  • Habilidade cognitiva(observando as opiniões das crianças, não somente sobre o que estava explício, mas como elas absorveram informações e que visão pessoal vão expôr sobre situações e personagens);
  • Interpretação, a partir do momento que o aluno consegue dizer um pouco do que o filme passa(significado), a personalidade dos personagens, etc.

ATIVIDADE 2

Aula com música

Também partindo de preferênicas comentadas pelos alunos, o professor fará seleção de músicas e as levará à sala de aula. Poderá ser por DVD ou apenas um CD. O professor irá previamente selecionar determinadas partes do DVD para pausar, onde serão observadas e analisadas as frases e palavras das legendas(por isso a música deverá apresentar legendas no vídeo). No caso do CD, o professor colocará os grupos de frases e palavras no quadro.

Por a música ser conhecida pelos alunos poderá ser sugerido a eles que a cantem. Após feito isso, seriam conduzidos a observar o que os próprios cataram através das análises feitas pelo professor.Elas então a repetiriam, dessa vez com um novo olhar sobre o que foi cantado. Dessa forma será observado os sons da língua e também a pronúncia clara dos sons.

Ao destacar frases e palavras, o professor poderá separar algumas que tenham letras com sons parecidos para serem comparadas. Como: T/D, F/V, P/B, Q/G . Comparação esta feita com intuito de que eles percebam as diferenças por eles mesmos, observar que são parecidas mas não iguais. (Asim os alunos poderão distinguir a pronúnica de alguns sons da língua que são muito parecidos, como os dos exemplos acima).

domingo, 17 de maio de 2009

Diferença entre tipo e gênero de texto.

Pesquisei algumas fontes e pude perceber de forma forma sintética as definições:

TIPO DE TEXTO: São as formas diversas de composição de texto, como se organiza "o interior"da estrutura textual. Ex.: Descrição, narração, argumentação.

GÊNERO DE TEXTO: São os diferentes modelos de textos, estruturas que fazem um texto pertencer a um grupo textual ou a outro. Exemplos de estruturas: Poesia, carta, contos, jornal, crônicas.

terça-feira, 12 de maio de 2009

Portfólio: Um meio de avaliação formativa.

A avaliação formativa fundamentalmente é uma forma de avaliação que deverá agrupar formas inovadoras para avaliar.
Pelo pouco que pude ler até agora sobre esse assunto, o tipo de avaliação "rompe" com o tipo tradicional, ou seja, não tem como objetivo classificar e selecionar os alunos através de suas metodologias avaliatórias, assim como não coloca o professor como único a fazer seleção dos conteúdos vistos.
A avaliação dessa forma é feita gradualmente, em uma relação de ensino e aprendizagem entre a turma em um conjunto, onde o individual também é observado pelo professor, mas com um ponto de vista diferente, não será comparativo e sim, será levada em consideração a evolução do aluno do início do projeto até o final. Interessante destacar que o próprio aluno terá facilidade em observar seus próprios erros, acredito, de forma menos agressiva.
O portfólio que estamos utilizando está sendo criado nesse sentido, para servir à idéia de avaliação formativa. Podemos observar na construção desse trabalho, uma introdução para maior autonomia, no mínimo por que, embora orientadas pelo professor, as postagens de certa forma são articuladas por nós mesmos, por que é nosso jeito de colocar as palavras e em meio aos objetivos disciplinares, nossas características aparecem aqui, nos expondo aos outros para uma troca aberta para complementação de conhecimento. Também podemos ver melhor nós mesmos, nossas limitações e possibilidades de melhora. Esse é ojetivo do portfólio, de uma avaliação formativa.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

***Carta de apresentação***

Rio de Janeiro, 29 de abril de 2009.
Queridos visitantes do meu blog, gostaria de relatar aqui um pouco de mim mesmo, do meu estilo de vida em relação as minhas produções textuais.
Na minha fase dos doze aos dezesseis anos mais ou menos eu produzia inúmeros textos, sem qualquer tipologia definida ou finalidade clara, nem mesmo poderia ser considerado um diário.
Escrevia como se alguém fosse um dia realmente ler, mas do que alguém, como se muitas pessoas pudessem de alguma forma apreciar...
Como gostava de música, cheguei a pensar em dar som a tais letras escritas em cadernos e folhas soltas, mas cancelei minhas aulas de teclado, comecei a namorar e deixei todo aquele mundo escrito pra trás, aquele que parecia o único a escutar minhas incompreensões, minhas visões de mundo, muito maiores do que uma colega minha aos doze poderia ouvir...Parecia
suprir sobre tudo mesmo que faltava, tudo mesmo que sonhava.
Dessa forma, a escrita foi pra mim significante. Tanto que ao viajar para algum lugar eu tinha que levar e deixar à mão caneta e papel, isto por que poderia surgir um momento de inspiração do nada, olhando uma paisagem, escutando uma frase que me levasse a outros pensamentos maiores, enfim...Mais parecia que havia uma enorme necessidade de registrar linhas de raciocínio para que não fossem perdidas, eram composições indispensáveis do meu eu.
Cheguei a dar cartas a algumas poucas pessoas que tinha enorme carinho, como por exemplo dois amigos meus.
Após lerem a carta, um deles me ligou e perguntou: "Foi você mesma quem escreveu ?!"
Eu disse que tinha sido eu mesma, com exeção de uma frase no final do Renato Russo, mas ele disse que disso já sabia. Os meus dois amigos falaram que acharam lindo, tanto que queriam dividir a carta em duas mas claro, não foi possível!
Depois vieram as formalizações da escrita para minha vida e até hoje quase nada sei, não mesmo! O que acaba inibindo o que talvez poderia ser melhor sem o medo de errar, sem o medo de não ser entendida, coesa, coerente...Tantos factores que devo me aprofundar e muito para que minhas produções textuais sejam novamente tão boas quanto meus pensamentos inspirados, consigam retornar a amplitude dos meus sonhos.
Agradeço essa visita e a leitura da minha primeira carta. Faço minha despedida com a célebre frase...
"Por que eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura..."(Fernando Pessoa)
Viviane Lins