O texto no primeiro parágrafo página 2, fala sobre o projeto político-pedagógico tornar-se instituinte. Tal colocação é de fundamental importânci já que há uma acomodação muito grande por parte de muitos profissionais em deixar o que já está instituído permanecer.
É necessário agitação para fazer mudanças quando necessárias, em prol de um projeto mais vivo, mais ligado à realidade e que possa realmente interferir na mesma.
O cenário escolar é marcado fortemente pelas diversidades, por que além se tratar de um ambiente que pode e deve abrigar diversas pessoas, diversas particularidades, também agora mais do que nunca abriga diversas culturas. Por esse e outros motivos, a escola é resultado de suas próprias contradições e evolução, por isso é impossível saber exatamente qual será o resultado do projeto. Ao invés da pretensão de achar que o projeto irá cobrir toda e qualquer situação que vier a surgir na rotina da escola, é ecessário que haja maior flexibilidade, criatividade, diálogo para complementar o projeto quando necessário e modificá-lo sempre que preciso.A nossa educação multicultural necessecita também de uma pluraridade de projetos.
Por esses motivos não há como existir um padrão de projeto para orientar as escolas, cada um deve ser criado e modificado de acordo com as especificidades de cada escola.
O ambiente escolar deve ser dotado de autonomia e gestão democrática, pois esses fatores devem fazer parte do próprio ato pedagógico.
O texto cita duas razões para justificar a implantação de um processo de gestão democrática na escola pública:
1ª A escola deve formar para cidadania, por isso a prática da democracia deve fazer parte do cotidiano da escola, pois esta está a serviço de algo bem maior que ela mesma, os indivíduos e o mundo que o cerca.
2ª Também por que esse tipo de gestão promove melhora no próprio funcionamento da escola, como diz o texto:"o que é específico da escola", o seu ensino. Pois dessa forma os atores que delam fazem parte terão um contato mais próximo, aprendendo mútuamente e notando mais rapidamente suas necessidades.
O texto relata como o aluno deve ser parte atuante da escola e não"mero cliente" da mesma, muito relevante pois o aluno deve ser sujeito da sua aprendizagem e isso ocorre a partir do momento que ele cria sua identidade na escola, interage com os que o instruem, com os colegas, etc. Esse aluno através dessa participação ativa tem maiores chances de adquirir um conhecimento mais profundo, pois ele mesmo também o construirá.
Há várias limitações à implementação de um processo democrático na escola, mas o projeto depende sobretudo de ousadia por parte dos seus agentes e da própria escola.
Todo projeto pode gerar rupturas mas é preciso coragem para atravessar a instabilidade em busca de uma melhoria do projeto político-pedagógico.
Como o texto diz, muito da acomodação dos agentes da escola e da escola em sim, em não mudar ou não colocar em prática de fato um projeto inovador, é por não acharem que as forças políticas "de cima" mudarão ou se empenharão com a causa mas elas dificilmente mudaraão mesmo, se não houver pressão "dos de baixo", se não houver uma coscientização e formação cívica coletiva.
Talvez por não ainda conseguir montar a democracia realmente, nas ecolas e também por ser o nosso sistema educacional burocrático e ineficiente, surgiu a "escola cidadã" e seus eixos norteadores são: Integração entre educação e cultura, escola e comunidade, democratização nas relações de poder dentro da escola, enfrentamento da questão da repentência, avaliação, implementação da visão interdisciplinar e transdiciplinar e a formação permanente dos educadores.
Na verdade, essa deve ser uma maneira de "remediar" e adiantar a nossa educação pública enquanto a educação pública democrática, com os mesmos objetivos não chega.
Terminarei os comentários sobre esse texto, citando o 3º item que a autora coloca na última página, de uma das lições sobre os ideais de uma escola pública popular e diz: "A educação para todos supõe todos pela educação".
É muito interessante esta frase mesmo que simples, pois não é possível a escola que tanto idealizamos sem a participação conjunta, sem o interesse e conscientização mútua dos agentes da instituição e de todos os outros que fazem parte da rede educacional.
Podemos fazer pequenas mudanças sempre mas não podemos esquecer o sonho de uma grande mudança!
segunda-feira, 25 de janeiro de 2010
texto: "Inovações e projeto político-pegagógico: Uma relação regulatória ou emancipatória?" - Ilma Passos Alencastro Veiga
O texto compara dois significados de inovação de PPP: a ação regulatória ou técnica e a ação emancipatória ou edificante.
Quanto a inovação regulatória, esta trata-se de um conjunto de atividades com o objetivo de gerar um produto(PPP), O entendendo como documento pronto e acabado.
Já na perspectiva emancipatória, a inovação e o PPP estão articulados. Isto por que o processo de formulação do projeto não fecha completamente, esta é construída mas mantém abertura constante para ser interferido e interferir nas mudanças do cotidiano.
Na inovação regulatória,sua aplicação também é técnica, sendo assim proporcionará o fortalecimento de uma "racionalidade científica que continua respondendo as questões do nosso tempo, de acordo com os moldes das políticas públicas que se enquadram nessa lógica".
Esse tipo de inovação não reconhece a força das relações entre o instucional e o social mais amplo. Tal pensamento acaba por não gerar um PPP totalmente novo e sim a perpetuação do que já foi instituído.
A inovação técnica caracteriza-se pela padronização, uniformidade e pelo controle burocrático.
Este tipo de projeto está concebido como instrumento de controle, pois está atrelado a mecanismos operacionais, técnicas, manobras e estratégias. Nesse pensamento a instrução sofre burocratização, transformando-se "em mera cumpridora de normas técnicas e mecanismos de regulação convergentes e dominadores"
A inovação emancipatória opõe-se à formas instituídas e mecanismos de poder. Tais inovações realizam-se na prática cotidiana, realizam-se junto ao processo de construção/implementação dos projetos pedagógicos.
A inovação emancipatória deve levar as pessoas e as instituições para mentalidade crítica emancipatória. Portanto, não será apenas um enunciado de principios e de boas intenções.
A inovação emancipatória é de natureza ético-social e cognitivo-instrumental, está envolvida em um contexto social mais amplo.
Esta inovação pretende superar a reprodução acrítica, a rotina, a racionalidade técnica. O processo edificante enfatiza mais o processo e a construção.
A escola não apenas reproduz as relações sociais e os valores dominates. Ela também é cenário de confronto, resistência e proposição de inovações.
Por esses motivos principalmente, a mudança é dificultada, porém é preciso apostar em novos valores,deixar de propor tudo aquilo que está errôneamente já estabelecido, com a padronização. Devemos propor a singularidade, autonomia ao invés da depedencia, coletividade e participação ao invés do individualismo.
O PPP através da inovação emancipatória deve potencializar o trabalho colaborativo, o projeto como objetivo comum e ao mesmo tempo concretizar o rompimento com as atuais formas de organização de trabalho e funcionamento das instituições.
Quanto a inovação regulatória, esta trata-se de um conjunto de atividades com o objetivo de gerar um produto(PPP), O entendendo como documento pronto e acabado.
Já na perspectiva emancipatória, a inovação e o PPP estão articulados. Isto por que o processo de formulação do projeto não fecha completamente, esta é construída mas mantém abertura constante para ser interferido e interferir nas mudanças do cotidiano.
Na inovação regulatória,sua aplicação também é técnica, sendo assim proporcionará o fortalecimento de uma "racionalidade científica que continua respondendo as questões do nosso tempo, de acordo com os moldes das políticas públicas que se enquadram nessa lógica".
Esse tipo de inovação não reconhece a força das relações entre o instucional e o social mais amplo. Tal pensamento acaba por não gerar um PPP totalmente novo e sim a perpetuação do que já foi instituído.
A inovação técnica caracteriza-se pela padronização, uniformidade e pelo controle burocrático.
Este tipo de projeto está concebido como instrumento de controle, pois está atrelado a mecanismos operacionais, técnicas, manobras e estratégias. Nesse pensamento a instrução sofre burocratização, transformando-se "em mera cumpridora de normas técnicas e mecanismos de regulação convergentes e dominadores"
A inovação emancipatória opõe-se à formas instituídas e mecanismos de poder. Tais inovações realizam-se na prática cotidiana, realizam-se junto ao processo de construção/implementação dos projetos pedagógicos.
A inovação emancipatória deve levar as pessoas e as instituições para mentalidade crítica emancipatória. Portanto, não será apenas um enunciado de principios e de boas intenções.
A inovação emancipatória é de natureza ético-social e cognitivo-instrumental, está envolvida em um contexto social mais amplo.
Esta inovação pretende superar a reprodução acrítica, a rotina, a racionalidade técnica. O processo edificante enfatiza mais o processo e a construção.
A escola não apenas reproduz as relações sociais e os valores dominates. Ela também é cenário de confronto, resistência e proposição de inovações.
Por esses motivos principalmente, a mudança é dificultada, porém é preciso apostar em novos valores,deixar de propor tudo aquilo que está errôneamente já estabelecido, com a padronização. Devemos propor a singularidade, autonomia ao invés da depedencia, coletividade e participação ao invés do individualismo.
O PPP através da inovação emancipatória deve potencializar o trabalho colaborativo, o projeto como objetivo comum e ao mesmo tempo concretizar o rompimento com as atuais formas de organização de trabalho e funcionamento das instituições.
Comentando o texto: "Os desafios da construção, implementação e avaliação do projeto político-pedagógico na educação infantil.
Esse texto tem como objetivo central discorrer sobre a importância do PPP na educação infantil bem como ressaltar antes de mais nada a identidade da escola.
Vale ressaltar quando o texto nos diz que no PPP deve imperar a necessidade de mudanças, na maneira de pensar e agir em educação e que para isto também deverá integrar-se à escola, as famílias e a comunidade como todo.
Com relação ao parágrafo acima devemos notar realmente a fundamental importância de "tratar a raiz do problema" ou seja, rever como se vem pensando educação, mudar pensamentos pré-estabelecidos para mudar as ações.
A partir da Constituição de 1988 a educação infantil passou a ter mais relevância nas políticas públicas e a ser percebida como um direito da criança. Sendo assim, começou haver uma preocupação acerca do seu desenvolvimento e a entendê-la como ser histórico e cultural.
Um pensamento importante que destaco do texto sobre o desenvolvmento da criança, esse deve ser trabalhado integralmente e não separadamente. Isto é, desenvolver o físico, o cognitivo, o psicossocial,de forma conjunta.
A escola deve promover as relações sociais, assim a criança terá oportunidades espontâneas de aprender a respeitar diversidades, desenvolver seus próprios interesses. Através das relações sociais a criança poderá desenvolver-se integralmente.
Esse momento da infancia torna-se ainda mais relevante se a escola articular meios para desenvolver "a autonomia, a criticidade, a construção da identidade da criança, onde elas devem ser valorizadas em sua cultura e em seu contexto bio-psico-social".
Senso a escola parte fundamental para construção do "eu" da criança e da identidade deste perante o mundo, as ações do saber pedagógico devem estar focadas nesse sentido.
Interessante quando o texto relata:"[...]É imprescindível, portanto que a escola instigue constantemente a curiosidade do educando em vez de 'amaciá-la' ou 'domesticá-la'".
Este pensamento relatado acima não está distante da rotina de inúmeros professores. Muitos podam a curiosidade natural da ciança por não acharem relevante ou por outros motivos. Depois, ainda reclamam da falta de interesse dos seus alunos.
Voltando ao sentido de PPP, este é político por que envolve além dos alunos, a escola, os professores, o meio onde todos esses integrantes vivem e com quem vivem. Além de envolver a comunidade deve ter a preocupação de tornar suas relações melhores.
O PPP deve possuir eixos norteadores que sirviram de alicerces " as intenções e ações político-pedagógicas da escola".
Para um PPP realmente vigorar, este requer "continuidade, reestruturação, reavaliação,democratização".
Veiga(1995,p.33) é sitado com o trecho: "É preciso entender o projeto político-pedagógico da escola como uma reflexão do seu cotidiano[...]".
Neste trecho, fica claro o que deve ser o PPP, um projeto que interage como o cotidiano da própria escola e comunidade. Deverá ter como objetivo central o aprendizado significativo, as relações sociais e a melhoria das mesmas.
Para que o documento do PPP seja criado há etapas fundamentais para serem vivenciadas e este, depois de criado não permanece estático, deve ser sempre passível de mudanças. Os integrantes da comunidade escolar devem "quebrar" com a estrutura pré-organizada da instituição para gerar tais mudanças.
Entre os mecanismos articuladores da escola, o gestor deve estar como peça fundamental, com a responsabilidade do desafio constante que é o PPP.
Para fechar as considerações, vale lembrar que o PPP deve ser constantemente avaliado e que este deve preparar para que todos tenham a mesma qualidade de educação.
Vale ressaltar quando o texto nos diz que no PPP deve imperar a necessidade de mudanças, na maneira de pensar e agir em educação e que para isto também deverá integrar-se à escola, as famílias e a comunidade como todo.
Com relação ao parágrafo acima devemos notar realmente a fundamental importância de "tratar a raiz do problema" ou seja, rever como se vem pensando educação, mudar pensamentos pré-estabelecidos para mudar as ações.
A partir da Constituição de 1988 a educação infantil passou a ter mais relevância nas políticas públicas e a ser percebida como um direito da criança. Sendo assim, começou haver uma preocupação acerca do seu desenvolvimento e a entendê-la como ser histórico e cultural.
Um pensamento importante que destaco do texto sobre o desenvolvmento da criança, esse deve ser trabalhado integralmente e não separadamente. Isto é, desenvolver o físico, o cognitivo, o psicossocial,de forma conjunta.
A escola deve promover as relações sociais, assim a criança terá oportunidades espontâneas de aprender a respeitar diversidades, desenvolver seus próprios interesses. Através das relações sociais a criança poderá desenvolver-se integralmente.
Esse momento da infancia torna-se ainda mais relevante se a escola articular meios para desenvolver "a autonomia, a criticidade, a construção da identidade da criança, onde elas devem ser valorizadas em sua cultura e em seu contexto bio-psico-social".
Senso a escola parte fundamental para construção do "eu" da criança e da identidade deste perante o mundo, as ações do saber pedagógico devem estar focadas nesse sentido.
Interessante quando o texto relata:"[...]É imprescindível, portanto que a escola instigue constantemente a curiosidade do educando em vez de 'amaciá-la' ou 'domesticá-la'".
Este pensamento relatado acima não está distante da rotina de inúmeros professores. Muitos podam a curiosidade natural da ciança por não acharem relevante ou por outros motivos. Depois, ainda reclamam da falta de interesse dos seus alunos.
Voltando ao sentido de PPP, este é político por que envolve além dos alunos, a escola, os professores, o meio onde todos esses integrantes vivem e com quem vivem. Além de envolver a comunidade deve ter a preocupação de tornar suas relações melhores.
O PPP deve possuir eixos norteadores que sirviram de alicerces " as intenções e ações político-pedagógicas da escola".
Para um PPP realmente vigorar, este requer "continuidade, reestruturação, reavaliação,democratização".
Veiga(1995,p.33) é sitado com o trecho: "É preciso entender o projeto político-pedagógico da escola como uma reflexão do seu cotidiano[...]".
Neste trecho, fica claro o que deve ser o PPP, um projeto que interage como o cotidiano da própria escola e comunidade. Deverá ter como objetivo central o aprendizado significativo, as relações sociais e a melhoria das mesmas.
Para que o documento do PPP seja criado há etapas fundamentais para serem vivenciadas e este, depois de criado não permanece estático, deve ser sempre passível de mudanças. Os integrantes da comunidade escolar devem "quebrar" com a estrutura pré-organizada da instituição para gerar tais mudanças.
Entre os mecanismos articuladores da escola, o gestor deve estar como peça fundamental, com a responsabilidade do desafio constante que é o PPP.
Para fechar as considerações, vale lembrar que o PPP deve ser constantemente avaliado e que este deve preparar para que todos tenham a mesma qualidade de educação.
sábado, 23 de janeiro de 2010
Texto: "Experiencia de Sobral - CE"
A apresentação começa relatando sobre a busca de escolas públicas, onde experiências estivessem sendo colocadas em prática e realmente gerando resultados.
Os pesquisadores então se depararam com o caso de Sobral, uma cidade localizada no semi-árido Cearense. Lá eles registraram o que eles buscavam e chamaram de " boas práticas na educação".
Tal caso, mesmo pertencendo a uma região com tantas dificuldades, como muitas no Brasil e com poucos recursos financeiros, ainda sim estavam de fato promovendo mudanças sistêmicas na gestão educacional. Os gestores diagnosticam os problemas e trabalham para organizar formar de solucionar o problema. Na rede educacional de Sobral realmente ocorre uma mudança na estrutura, o que nos parece tão difícil construir.
Um último fator é a política de lá que tem prioridade absoluta na educação, a poítica municipal.
Um dos pontos em destaque, no caso de Sobral é a centralidade da criança na escola, pois esta é feita "por ela e para ela", como diz o próprio texto.
Como comenta um professor de Sobral a criança já tem um ambiente familiar de pessoas pouco ou nada letradas, são crianças pobres ou miseráveis que não tem onde aprender, a não na escola. E o que parece ser o pensamento dominante nas escolas deste local é que é na escola mesmo o lugar que a criança deve aprender, pois os professores vêem como responsabilidade deles.
Muito admirável a atitude, quando o que ocorre muitas vezes em situações bem melhores ou menos piores, professores se preocupam mais em culpar o ambiente e/ou a família do aluno pelo seu fracasso escolar.
É claro que toda mudança na estrutura dessa rede de educação teve iniciativa política e administrativa, em prol de uma educação pública de qualidade. Sobral provou também que é possível deixar de fora as influências dos "arranjos políticos", fato também difícil de imaginarmos.
Um dos pesquisadores relata que viu inúmeras atitudes de uma educação com boas práticas, como por exemplo, reforço de aulas, aula de inglês dada por uma professora numa iniciativa própria, trabalhos de alunos expostos e valorizados, integração de alunos deficientes. Tudo isso esforço não só político mas atitudes geradas pela comunidade escolar, professores, direção,etc. Unidos em torno de um objetivo comum: A educação de qualidade para todos. E além dos fatores já destacados, não pode ficar de fora uma gestão transparente é um ótimo ponto a ser destacado.
O caso de Sobral não significa um caso acabado e perfeito, há inúmeras mudanças a serem feitas. Mas o importante disto, é a própria rede não se acomodar e saber que metas precisam ser traçadas e objetivos alcançados. E o que chamou tanta atenção, a imensa vontade e união participativa dos integrantes desta rede, deverá ela ser um exemplo para todo Brasil.
Exemplo por que consegue vencer todos os dias uma situação precária, consegue no mínimo atitudes para mover-se e trabalhar formas positivas de melhoria da educação e, pode de fato fazer a diferença.
Os pesquisadores então se depararam com o caso de Sobral, uma cidade localizada no semi-árido Cearense. Lá eles registraram o que eles buscavam e chamaram de " boas práticas na educação".
Tal caso, mesmo pertencendo a uma região com tantas dificuldades, como muitas no Brasil e com poucos recursos financeiros, ainda sim estavam de fato promovendo mudanças sistêmicas na gestão educacional. Os gestores diagnosticam os problemas e trabalham para organizar formar de solucionar o problema. Na rede educacional de Sobral realmente ocorre uma mudança na estrutura, o que nos parece tão difícil construir.
Um último fator é a política de lá que tem prioridade absoluta na educação, a poítica municipal.
Um dos pontos em destaque, no caso de Sobral é a centralidade da criança na escola, pois esta é feita "por ela e para ela", como diz o próprio texto.
Como comenta um professor de Sobral a criança já tem um ambiente familiar de pessoas pouco ou nada letradas, são crianças pobres ou miseráveis que não tem onde aprender, a não na escola. E o que parece ser o pensamento dominante nas escolas deste local é que é na escola mesmo o lugar que a criança deve aprender, pois os professores vêem como responsabilidade deles.
Muito admirável a atitude, quando o que ocorre muitas vezes em situações bem melhores ou menos piores, professores se preocupam mais em culpar o ambiente e/ou a família do aluno pelo seu fracasso escolar.
É claro que toda mudança na estrutura dessa rede de educação teve iniciativa política e administrativa, em prol de uma educação pública de qualidade. Sobral provou também que é possível deixar de fora as influências dos "arranjos políticos", fato também difícil de imaginarmos.
Um dos pesquisadores relata que viu inúmeras atitudes de uma educação com boas práticas, como por exemplo, reforço de aulas, aula de inglês dada por uma professora numa iniciativa própria, trabalhos de alunos expostos e valorizados, integração de alunos deficientes. Tudo isso esforço não só político mas atitudes geradas pela comunidade escolar, professores, direção,etc. Unidos em torno de um objetivo comum: A educação de qualidade para todos. E além dos fatores já destacados, não pode ficar de fora uma gestão transparente é um ótimo ponto a ser destacado.
O caso de Sobral não significa um caso acabado e perfeito, há inúmeras mudanças a serem feitas. Mas o importante disto, é a própria rede não se acomodar e saber que metas precisam ser traçadas e objetivos alcançados. E o que chamou tanta atenção, a imensa vontade e união participativa dos integrantes desta rede, deverá ela ser um exemplo para todo Brasil.
Exemplo por que consegue vencer todos os dias uma situação precária, consegue no mínimo atitudes para mover-se e trabalhar formas positivas de melhoria da educação e, pode de fato fazer a diferença.
quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
Refletindo sobre o texto:" Registro do planejamento na Educação Infantil."
O texto traz alguns pontos relevantes sobre o planejamento escolar. Trata-se de uma pesquisa feita com vinte professoras. As respostas das perguntas feitas pelos pesquisadores ás professoras foram comparadas aos planejamentos delas.
Concluiu-se que menos da metade realmente tratava-se de um planejamento, demonstrou a incoerencia entre o que elas diziam e faziam, além de nem todas acharem o planejamento importante. A incoerencia entre falar que fazem um planjamento e não fazerem, pode dever-se ao fato da falta de clareza delas em saber o que é planejar. Ao menos foi isso que pareceu pelas intrevistas.
Uma outra questão importante, quando texto relata sobre a intencionalidade da ação educativa. Toda ação deve ser guiada por intencionalidade, o professor deve saber "o que quer" com a criança, como o próprio texto esclarece.
Desta forma, devendo ser o planejamento a própria ação educativa, o educando deve ter em mente todo o tempo essa intencionalidade e que esta deve servir a algo maior, em prol de atitudes que melhorem a vida da criança na escola e fora dela, diminua as diferenças, democratize a educação,entre outros inúmeros fatores que tem por objetivo final uma sociedade melhor.
Concluiu-se que menos da metade realmente tratava-se de um planejamento, demonstrou a incoerencia entre o que elas diziam e faziam, além de nem todas acharem o planejamento importante. A incoerencia entre falar que fazem um planjamento e não fazerem, pode dever-se ao fato da falta de clareza delas em saber o que é planejar. Ao menos foi isso que pareceu pelas intrevistas.
Uma outra questão importante, quando texto relata sobre a intencionalidade da ação educativa. Toda ação deve ser guiada por intencionalidade, o professor deve saber "o que quer" com a criança, como o próprio texto esclarece.
Desta forma, devendo ser o planejamento a própria ação educativa, o educando deve ter em mente todo o tempo essa intencionalidade e que esta deve servir a algo maior, em prol de atitudes que melhorem a vida da criança na escola e fora dela, diminua as diferenças, democratize a educação,entre outros inúmeros fatores que tem por objetivo final uma sociedade melhor.
quarta-feira, 16 de dezembro de 2009
Reflexão sobre o texte "O planejamento do trabalho pedagógico: Algumas indagações e tentativas de respostas."
A maior parte dos professores tem perdido a noção do que é planejamento, têm ficado presos à um cumprimento burocrático, modificando uma coisa ou outra, sem preocupação com a ação mais ampla que o planejamento deve ser.
O planejamento fica assim à margem do cotidiano da escola, enquanto este deveria ser o "norteador" das aulas e a principal ferramenta para a conquista da democratização do ensino.
O planejamento, como o texto diz deve ser considerado um processo de reflexão. Dessa reflexão deve nascer as modificações para a melhoria do cotidiano escolar.
Embora o plano de ensino deve ser entendido como instrumento orientador do docente, este deve ir sempre para além dele no seu dia a dia, isto por que nenhum documento é capaz de prever as modificações no meio do caminho.
Outro fator que devemos ressaltar é que além de termos um bom planejamento e plano de ensino, devemos ter um professor melhor ainda, que mantenha uma ação crítica, fator este capaz de gerar modificação na realidade.
O texto em uma das passagens que merece destaque, traz a seguinte idéia: Um bom plano de ensino não modifica a realidade. Um bom profissional supera as limitações do plano de ensino. Ou seja, pode haver um plano de aula, se não houver um profissional competente de nada vai adiantar, enquanto que se o plano de aula no decorrer do trabalho pedagógico precisar de modificações e houver um profissional da educação, este irá superar as imperfeições e fazer bons ajustes para se chegar ao objetivo traçado.
O texto faz critica a falta de planejamento recorrente nas escolas hoje em dia. Muitos professores têm agido na base do improviso, o que dificultará a aprendizagem do aluno, entre outros muitos fatores.
O texto traz um contexto histórico muito interessante sobre uma das origens da educação tecnicista no estado(SP). Relata que em 70 a secretaria de educação de São Paulo iniciou um processo de treinamento dos professores, mas naquele momento o golpe militar de 64 implantava a repressão, o que obviamente impediu a uma tendência mais crítica e reflexiva.
Nesse contexto, o que não afrontava e até "combinava" com o ambiente da época era um modelo de educação mais técnico, preocupado com a organização dentro da escola, mas por não olhá-la fora dos seus muros, não há conhecia na verdade.
Foi aí um começo forte do mal costume da prática acrítica dos docentes, da falta de reflexão e da visão do processo educacional como conjunto de "teorias sistêmicas", cumprimentos burocráticos e curriculares frios e sem vida.
É preciso que haja uma reversão deste quadro e para isso são necessárias melhorias e o texto enumera três importantes modificações que deveriam ser feitas em nosso sistema de ensino.
A primeira: Separação de um tempo para reunião dos professores dentro o ambiente escolar, destinado somente ao planejamento.
A segunda: Uma mudança eficaz na formação dos professores. Concluo com isso que as instituições devem ser revistas, devem ser cobradas a fazer um trabalho sério com a educação, seja ela particular ou pública. Parar de tratar a educação como carreira de pouca visibilidade e pouco importante, pois é assim que se perpetua essa formação frouxa e sem compromisso desses profissionais. É claro que existem outros fatores, como a desvalorização do profissional no mercado de trabalho, mas uma boa formação acaba com muitos problemas que envolve os professores.
A terceira: Formação dos professores já em curso. Ponto muito importante, já que a educação também vivencia constante modificações e necessita de aperfeiçoamento com o decorrer do tempo. Além dos profissionais pouco ou mal formados que já estão no trabalho e que precisam se aperfeiçoarem.
Até por que a maioria das áreas possuem cursos constantes hoje em dia para atualização, aperfeiçoamento e extensão dos conhecimentos. Por que com a educação vem sendo diferente?Se é ela que nos forma muito além das unidades de um livro?Nos forma para o mundo, reforça o que somos e nos transforma.
É claro que área que mais necessita de atenção é a que mais têm ficado de lado nesses anos.Sabemos como melhorar, é preciso tornar conhecimento em ação.
O planejamento fica assim à margem do cotidiano da escola, enquanto este deveria ser o "norteador" das aulas e a principal ferramenta para a conquista da democratização do ensino.
O planejamento, como o texto diz deve ser considerado um processo de reflexão. Dessa reflexão deve nascer as modificações para a melhoria do cotidiano escolar.
Embora o plano de ensino deve ser entendido como instrumento orientador do docente, este deve ir sempre para além dele no seu dia a dia, isto por que nenhum documento é capaz de prever as modificações no meio do caminho.
Outro fator que devemos ressaltar é que além de termos um bom planejamento e plano de ensino, devemos ter um professor melhor ainda, que mantenha uma ação crítica, fator este capaz de gerar modificação na realidade.
O texto em uma das passagens que merece destaque, traz a seguinte idéia: Um bom plano de ensino não modifica a realidade. Um bom profissional supera as limitações do plano de ensino. Ou seja, pode haver um plano de aula, se não houver um profissional competente de nada vai adiantar, enquanto que se o plano de aula no decorrer do trabalho pedagógico precisar de modificações e houver um profissional da educação, este irá superar as imperfeições e fazer bons ajustes para se chegar ao objetivo traçado.
O texto faz critica a falta de planejamento recorrente nas escolas hoje em dia. Muitos professores têm agido na base do improviso, o que dificultará a aprendizagem do aluno, entre outros muitos fatores.
O texto traz um contexto histórico muito interessante sobre uma das origens da educação tecnicista no estado(SP). Relata que em 70 a secretaria de educação de São Paulo iniciou um processo de treinamento dos professores, mas naquele momento o golpe militar de 64 implantava a repressão, o que obviamente impediu a uma tendência mais crítica e reflexiva.
Nesse contexto, o que não afrontava e até "combinava" com o ambiente da época era um modelo de educação mais técnico, preocupado com a organização dentro da escola, mas por não olhá-la fora dos seus muros, não há conhecia na verdade.
Foi aí um começo forte do mal costume da prática acrítica dos docentes, da falta de reflexão e da visão do processo educacional como conjunto de "teorias sistêmicas", cumprimentos burocráticos e curriculares frios e sem vida.
É preciso que haja uma reversão deste quadro e para isso são necessárias melhorias e o texto enumera três importantes modificações que deveriam ser feitas em nosso sistema de ensino.
A primeira: Separação de um tempo para reunião dos professores dentro o ambiente escolar, destinado somente ao planejamento.
A segunda: Uma mudança eficaz na formação dos professores. Concluo com isso que as instituições devem ser revistas, devem ser cobradas a fazer um trabalho sério com a educação, seja ela particular ou pública. Parar de tratar a educação como carreira de pouca visibilidade e pouco importante, pois é assim que se perpetua essa formação frouxa e sem compromisso desses profissionais. É claro que existem outros fatores, como a desvalorização do profissional no mercado de trabalho, mas uma boa formação acaba com muitos problemas que envolve os professores.
A terceira: Formação dos professores já em curso. Ponto muito importante, já que a educação também vivencia constante modificações e necessita de aperfeiçoamento com o decorrer do tempo. Além dos profissionais pouco ou mal formados que já estão no trabalho e que precisam se aperfeiçoarem.
Até por que a maioria das áreas possuem cursos constantes hoje em dia para atualização, aperfeiçoamento e extensão dos conhecimentos. Por que com a educação vem sendo diferente?Se é ela que nos forma muito além das unidades de um livro?Nos forma para o mundo, reforça o que somos e nos transforma.
É claro que área que mais necessita de atenção é a que mais têm ficado de lado nesses anos.Sabemos como melhorar, é preciso tornar conhecimento em ação.
domingo, 13 de dezembro de 2009
Comentando o texto: O planejamento pedagógico na educação infantil.
O texto faz uma analise sobre planejamento pedagógico de acordo com a pesquisa feita na educação infantil em diferente lugares. Chegou-se a uma primeira conclusão, que o planejamento existe em todas as instituições mais são diferentes entre si.
O planejamento será influenciado de acordo com a pedagogia que o rege. Esta pode ser liberal ou progressista. Dentro de cada um desses dois tipos existe ainda ramificações, diferenciando-se em tendências.
As tendências liberais visavam preparar o individuo para a sociedade, colocando o professor como o único responsável pelo planejamento, sem levar em consideração os interesses das crianças. Essas tendências preocupavam-se com a construção da moralidade, cuidado com a higiene, formação de atitudes, aquisição de habilidades técnicas especificas, etc.
A tendência progressista contemplava a globalização, o interesse e a participação dos alunos. Os conteúdos escolares estavam organizados em um centro de interesse, diferente da tendência liberal que treinava habilidades através das unidades didáticas.
As pedagogias progressistas visavam transformar a sociedade através de uma visão que analisasse a realidade criticamente.
Na pesquisa realizada em diferentes instituições no ano de 2002 em Porto Alegre, foi observado o abismo existente na constituição do planejamento pedagógico.
No ensino privado, são utilizados princípios dos que mantém a instituição e na escola pública não é encontrada uma filosofia que a norteie. Os educadores utilizam-se de várias concepções pedagógicas ao mesmo tempo.
Nas práticas pedagógicas analisadas encontram-se profissionais que resgatam uma pedagogia libertadora, segundo a pedagogia de Paulo Freire.
Entre os participantes pesquisados, um processo construído em parceria com os alunos é quase inexpressivo.
Analisando os tipos de tendências pedagógicas utilizadas nas escolas de educação infantil a variedade e a mistura de tendências são tantas que o autor do texto denominou como sendo uma "colcha de retalhos pedagógica".
A pesquisa mostrou que entres os formados especialistas em educação infantil e os que eram habilitados (mais não especificamente para a educação infantil) não influenciou na prática escolar. E chegou a conclusão de não bastar a formação acadêmica, é preciso que esses profissionais tenham uma preocupação diária com a sua prática, com as necessidades dos alunos, com o ambiente que os cercam, com a metodologia usada (e o que ela pretende). É necessário que eles saibam como aprender todo dia.
O texto termina esclarecendo que deve haver a compreensão do "aprender a fazer", participar de um meio envolvente, viver junto, participar e cooperar de todas as atividades humanas.
Também fazendo o aluno perceber a importância do seu aprender, compreender como tirar das informações do seu saber experiências inovadoras. Nesse processo, a criança é percebida como sujeito em plena construção pessoal e social, onde precisa ser respeitada cada época de sua vida, assim como deve ser.
O planejamento será influenciado de acordo com a pedagogia que o rege. Esta pode ser liberal ou progressista. Dentro de cada um desses dois tipos existe ainda ramificações, diferenciando-se em tendências.
As tendências liberais visavam preparar o individuo para a sociedade, colocando o professor como o único responsável pelo planejamento, sem levar em consideração os interesses das crianças. Essas tendências preocupavam-se com a construção da moralidade, cuidado com a higiene, formação de atitudes, aquisição de habilidades técnicas especificas, etc.
A tendência progressista contemplava a globalização, o interesse e a participação dos alunos. Os conteúdos escolares estavam organizados em um centro de interesse, diferente da tendência liberal que treinava habilidades através das unidades didáticas.
As pedagogias progressistas visavam transformar a sociedade através de uma visão que analisasse a realidade criticamente.
Na pesquisa realizada em diferentes instituições no ano de 2002 em Porto Alegre, foi observado o abismo existente na constituição do planejamento pedagógico.
No ensino privado, são utilizados princípios dos que mantém a instituição e na escola pública não é encontrada uma filosofia que a norteie. Os educadores utilizam-se de várias concepções pedagógicas ao mesmo tempo.
Nas práticas pedagógicas analisadas encontram-se profissionais que resgatam uma pedagogia libertadora, segundo a pedagogia de Paulo Freire.
Entre os participantes pesquisados, um processo construído em parceria com os alunos é quase inexpressivo.
Analisando os tipos de tendências pedagógicas utilizadas nas escolas de educação infantil a variedade e a mistura de tendências são tantas que o autor do texto denominou como sendo uma "colcha de retalhos pedagógica".
A pesquisa mostrou que entres os formados especialistas em educação infantil e os que eram habilitados (mais não especificamente para a educação infantil) não influenciou na prática escolar. E chegou a conclusão de não bastar a formação acadêmica, é preciso que esses profissionais tenham uma preocupação diária com a sua prática, com as necessidades dos alunos, com o ambiente que os cercam, com a metodologia usada (e o que ela pretende). É necessário que eles saibam como aprender todo dia.
O texto termina esclarecendo que deve haver a compreensão do "aprender a fazer", participar de um meio envolvente, viver junto, participar e cooperar de todas as atividades humanas.
Também fazendo o aluno perceber a importância do seu aprender, compreender como tirar das informações do seu saber experiências inovadoras. Nesse processo, a criança é percebida como sujeito em plena construção pessoal e social, onde precisa ser respeitada cada época de sua vida, assim como deve ser.
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